terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Citi, BESI, Morgan e StormHarbour organizam ‘roadshow'


O ‘roadshow' que o IGCP está a fazer nos EUA foi organizado pelo Citigroup, pelo Morgan Stanley e pela StormHarbour, uma boutique financeira londrina fundada pelo português António Caçorino, e conta também com o português Espírito Santo Investment. A informação foi avançada hoje pela agência Reuters que observa que é a maior operação deste tipo que o governo está a fazer desde que o País pediu ajuda, numa altura em que o Governo que acelerar o regresso aos mercados. Para continuar a ler clicar aqui.

3 comentários:

  1. A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública - IGCP, E.P.E., é a entidade pública a quem compete, gerir, de forma integrada, a tesouraria, o financiamento e a dívida pública directa do Estado, a dívida das entidades do sector público empresarial cujo financiamento seja assegurado através do Orçamento de Estado e ainda coordenar o financiamento dos fundos e serviços dotados de autonomia administrativa e financeira. A tendência hoje em dia é para a captação directa das poupanças aos investidores. Esta captação faz-se través da emissão de produtos financeiros.
    Os produtos financeiros são, portanto, os veículos da canalização directa das poupanças ao financiamento. O rating vai proceder à avaliação do risco ou “qualidade” do emitente. Pode ser definido como um indicador de probabilidade de cumprimento dos compromissos assumidos pelos emitentes (desde Estados soberanos até empresas privadas) face aos investidores.
    Existe muito dinheiro no planeta e as empresas - muitas delas maiores do que países e com mais recursos disponíveis do que os organismos internacionais de fomento - planejam investi-lo no exterior de forma a continuar o seu crescimento.
    À uns anos, o Brasil também adoptou medidas e politicas para promover o seu crescimento económico, estratégias essas que, na minha opinião, Portugal também vai seguir (ainda que de forma ajustada), tendo em conta o sucesso que têm tido, uma vez que o Brasil continua a crescer de dia para dia desde à uns anos para cá.

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  2. Um “roadshow” consiste num processo que tem como objectivo realizar uma apresentação a eventuais investidores estrangeiros de modo a criar interesse por parte dos mesmos incentivando-os ao investimento. Portugal realizou um processo destes nos EUA uma vez que a possibilidade de regresso aos mercados aumentava. Assim sendo, no dia 23.01.2013 Portugal fez assim a sua primeira emissão de Obrigações do Tesouro desde 07.02.2011. Apesar da avaliação feita pelas Agências de Rating em 2011 ter sido mais favorável que agora, Portugal conseguiu fazer esta emissão a uma taxa de 4,891%, enquanto que em 2011 a taxa de juro cobrada tinha sido de 6,4%. É desde logo possível verificar a discrepância existente entre a valorização dada a Portugal por parte dos Mercados e por parte das Agências de Rating. Este regresso aos mercados é resultado de um esforço interno e externo. Portugal conseguiu cumprir com as metas definidas pela troika no que diz respeito ao défice (tendo o aumento da carga fiscal e a concessão da ANA contribuído significativamente para tal) visto que este se ficou pelos 5% quando o estipulado seriam 5,4%, o Governo considera esta emissão prudente (é um ponto de partida, não um ponto de chegada) e o povo português apresenta hoje mais maturidade democrática. Contudo, a emissão de títulos de dívida não dita o fim da austeridade. No que diz respeito ao efeito externo, a persistência por parte do BCE e a confiança demonstrada pelos investidores contribuíram para este regresso. Relativamente à procura, investidores estrangeiros absorveram 93% da dívida (30% norte-americanos o que nos indica que o “roadshow” surtiu efeito) sendo este um indicador de confiança por parte dos investidores estrangeiros. Esta confiança advém do facto da desagregação do euro ter sido colocada de parte e de Portugal não sair do euro, não sendo necessária uma reestruturação da dívida. Os investidores, geralmente, designam este tipo de investimento como “free ride”, uma vez que proporciona grande lucro. Este regresso aos mercados marca o início de uma caminho (longo) que Portugal tem de percorrer.

    “O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário.”, Albert Einstein

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  3. Roadshow: “Apresentação itinerante de alternativas de negócios financeiros para investidores, especialmente investidores institucionais especializados em negócios globalizados.”
    O IGCP pretende com isto captar investidores dos EUA. Para isso, conta com o apoio de Citi, BESI, Morgan e StormHarbour sendo o papel destes bancos o de ajustar com os investidores o valor que querem comprar da dívida portuguesa que é colocada no mercado. O facto de esta ser a maior operação deste tipo desde que o país pediu ajuda demonstra a vontade do governo em voltar aos mercados financeiros.
    De facto Portugal voltou aos mercados na passada quarta-feira dia 23, ao colocar 2,5 mil milhões de euros em leilões de dívida pública a cinco anos, com uma taxa de juro de 4,891%. A confiança nos mercados portugueses é notável visto a procura ter sido 6x superior à oferta inicial. Cerca de 30% dos investidores são provenientes dos Estados Unidos, o que demonstra que o roadshow possa ter sido uma boa ideia.
    Prevê-se que esta emissão vá facilitar o acesso ao crédito por parte dos bancos empresas e privados.
    Élio Janicas

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