quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

O relatório do FMI

O problema é que temos de viver com o que temos, e, infelizmente, por via da receita (impostos), já há muito pouco a fazer, ou seja, para que o Estado chegue a valores de auto-sustentabilidade, vai ter de reduzir os seus gastos, caso contrário continuaremos na senda do défice, seguido de empréstimos, juros, mais défice, mais empréstimos, espiral de juros e mais pedidos de ajuda internacionais (3 em 30 anos).  António Reis Pereira em artigo de opinião publicado no Público a propósito do Relatório do FMI. Pode ser lido na íntegra aqui.

2 comentários:

  1. O País já não está bem economicamente á alguns anos (cerca de 10), sendo necessário ou desnecessário chegar a esta situação para que realmente todos os políticos e opositores se apercebessem da situação crítica que o País percorre. Portugal necessita quase que obrigatoriamente de uma revisão a todos os seus gastos, quer com funcionários públicos que com desempregados e reformados… Não é por facilitar a vida às pessoas que o estado vai ter proveito a curto médio ou longo prazo, porque se o País se encontra nesta situação deve-se a facilidades do passado. Quantidade não significa qualidade e Portugal tem muitos mais médicos, professores e outros funcionários públicos do que o necessário, e o mais grave é que não existem resultados positivos, muito pelo contrário. O RSI e o subsídio de desemprego entre outros, são mais um desperdício de dinheiro que o estado tem, porque os valores pagos são muito elevados acabando pela população se conformar não sentindo a necessidade de trabalhar. Como se diz popularmente “a necessidade aguça o engenho”, e se a população precisasse realmente de emprego, estes seriam mais empreendedores e criariam eles o seu próprio posto de trabalho.
    O que o FMI veio fazer a Portugal, era algo que todos deveríamos ter feito conscientemente quando o País se encontrava bem financeiramente… Planear e rever todos os nossos lucros e prejuízos é fundamental, para assim verificar que tudo o que o estado dispõe aos cidadãos produz resultados positivos ou negativos e simultaneamente se não prejudica o seu PIB.

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  2. O FMI (Fundo Monetário Internacional) é uma organização que pretende assegurar o bom funcionamento do Sistema Financeiro Mundial, através do monitoramento das taxas e câmbio e ainda da balança de pagamentos, através de assistência técnica e financeira.
    O Fundo Monetário Internacional foi criado em Julho de 1944, sendo a sua sede em Washington, DC, Estados Unidos. É constituído actualmente por mais de 187 nações.
    Para 2013, o FMI confirma a previsão do governo para o prolongamento da recessão económica neste ano em Portugal.

    A equipa do FMI apresenta 4 cenários para Portugal, até 2030:
    - Cenário base: em que o crescimento do PIB anual seja de 2% e o crescimento da FTP de 1%, resultado da implementação das reformas estruturais em curso num prazo de 5 anos, em que terão efeitos positivos no longo prazo. É um objectivo realista, apesar da desalavancagem do sector público de privado e ainda das dificuldades que existem aos mercados financeiros. O desemprego estrutural ficaria nos 11 a 12% no longo prazo, o crescimento médio de 1,5% entre 2014 e 2017, terminando a contracção em curso.
    - Cenário optimista: crescimento anual de 2, 75% e o crescimento da FTP para 1, 5%. O desemprego estrutural desceria abaixo de 10%. Em 2030, a produtividade do trabalho português seria de apenas 60% do nível do grupo da União Europeia de melhor performance, mesmo neste cenário. A produtividade da economia portuguesa atingiria os 80%. Uma convergência limitada.
    - Cenário moderadamente pessimista: crescimento de 1, 2% e um crescimento da FTP de 0, 5%. Os resultados esperado em relação às reformas estruturais não serão os obtidos, havendo efeitos positivos do redireccionamento da economia portuguesa para um maior peso das exportações e/ou de sectores com mais alta produtividade no crescimento. Processo de divergência.
    - Cenário pessimista: crescimento praticamente estagnado, de 0, 6% ao ano, e ainda um crescimento da FTP nulo. Não seria denotado qualquer impacto em relação às reformas estruturais. A produtividade do trabalho desceria para menos de 45% do nível atingido nos 9 países da União Europeia referidos e a da economia para 60%. O processo de divergência acentuar-se-ia.

    Uma das principais conclusões do FMI é: “o desemprego estrutural elevado veio para ficar, o que deve ser adicionado ao problema da tendência para o envelhecimento populacional (em que o rácio de dependência dos cidadãos com mais de 65 anos em relação aos em idade de trabalhar vai subir de 26,9% para 38,3% no espaço de vinte anos).”

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