terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Crédito ao consumo supera crédito à habitação

Pela primeira vez desde que existem registos, a banca portuguesa concedeu mais crédito ao consumo do que crédito à habitação em 2012. Apesar do elevado risco de incumprimento associado a estes empréstimos, os bancos privilegiaram a concessão de crédito com maturidades mais curtas e ‘spreads' mais altos face aquele que era, até então, o ‘core' do negócio bancário. "É conhecida a grande restritividade que existe na concessão de crédito à habitação. Já o crédito pessoal continua mais disponível. A minha grande esperança é que os bancos tenham hoje uma atitude mais responsável na concessão deste crédito, com mais atenção à taxa de esforço do cliente". para continuar a ler clicar aqui

9 comentários:

  1. A banca portuguesa consentiu mais crédito ao consumo do que crédito á habitação no ano passado. Embora o elevado risco de incumprimento tenha incrementado devido à conjuntura do país que vivemos, os bancos especializaram a concessão de crédito com períodos mais curtos e spreads mais elevados que reflecte o risco da operação em relação à actividade principal que tem sido a base do negócio bancário, a concessão de crédito. O crédito malparado entre empresas e famílias tem vindo a aumentar, numa altura em que a economia está em recessão, o desemprego aumentou e muitas famílias viram reduzidos os seus rendimento. Hoje em dia os bancos deparam com vastos incumprimentos por parte dos clientes bancários e contudo as instituições tentam solucionar o problema em diminuir os créditos e aumentar poupanças, essencialmente incentivar e motivar os clientes para os tempos que se vão aproximando.

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  3. O crédito ao consumo têm vindo a aumentar em relação ao crédito á habitação por várias razões, entre as quais, ser mais barato e também o crédito à habitação é algo que (geralmente) só o fazemos uma vez na nossa vida, ao contrário do crédito ao consumo, pois, este possui vários produtos, mas sempre com o cuidado de não cair em situações de multiendividamento, porque a época em que nos encontramos é de poupança não de consumo (para a vasta maioria da população).
    O crédito à habitação de certa forma têm vindo a diminuir, devido ao risco elevado de incumprimento por parte dos clientes (que têm de ter em atenção o facto do crédito à habitação ser um crédito para praticamente uma vida). Se cada pessoa conseguisse gerir bem a sua vida quotidiana era quase certo que o crédito ao consumo não teria esta subida nos últimos anos, porque em alguns casos deviam pensar antes de solicitar este tipo de crédito.

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  4. No que respeita ao crédito ao consumo, este representa cerca de 10 por cento do total do dinheiro emprestado aos particulares. A grande fatia continua a ser, nos 81,6 por cento, o crédito a habitação.

    O BdP indica ainda que mais de um décimo do crédito ao consumo é considerado de cobrança duvidosa. Em junho, numa diminuição pelo segundo mês consecutivo, de 13.998 milhões de euros, 1.520 milhões eram considerados malparados. Em termos homólogos, os créditos de cobrança duvidosa foram 12 por cento superiores aos de junho de 2011.

    No crédito aos particulares, o peso do malparado foi 3,53 por cento, ligeiramente abaixo do máximo histórico de 3,59 por cento atingido em abril.

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  5. O valor total dos empréstimos concedidos pelos bancos às famílias voltaram a cair, com excepção do crédito ao consumo, este é um tipo específico de crédito em que um instituição financeira especializada disponibiliza a um particular os montantes necessários para a aquisição de bens de consumo.Esta queda beneficia de reduções em todos as áreas de empréstimos, com maior expressão no malparado entre o crédito concedido para “outros fins”, que apesar de em termos totais ser o menos expressivo.

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  6. Pela primeira vez desde que existem registos, a banca portuguesa concedeu mais crédito ao consumo do que crédito à habitação em 2012. Apesar do elevado risco de incumprimento associado a estes empréstimos, os bancos privilegiaram a concessão de crédito com maturidades mais curtas e ´spreads´ mais altos face aquele que era, até então, o ´core´ do negócio bancário. É conhecida a grande restritividade que existe na concessão de crédito à habitação. Já o crédito pessoal continua mais disponível.
    Uma realidade que seria impensável até há pouco tempo, já que nos últimos dez anos os bancos concederam, em média, mais dez mil milhões de euros para a compra de casa do que para efeitos de consumo.

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  7. Nos momentos que vivemos hoje, penso que já era de esperar este resultado. Por um lado o crédito à habitação sendo mais longo torna-se também mais arriscado, mas por outro lado, há imensos créditos mal parados provenientes do credito à habitação e isso traduz-se numa menor cedência deste tipo de créditos. O crédito ao consumo penso que nunca deve ser desalavancado porque neste momento é o que mais rentabilidade trás a um banco, mas é claro que deve ser cedido com base em algumas análises, tendo a maior atenção na taxa de esforço.

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  8. O crédito habitação foi durante muitos anos o core business da actividade bancária, durante um bom período da economia portuguesa que proporcionou o aumento da construção. Este aumento da construção acabou por ter como consequência um mau momento do mercado imobiliário, sendo que a oferta passou a ser muito superior à procura, e os particulares deixaram de ter disponibilidade financeira para investir. Visto que a banca cada vez dificulta mais o acesso ao crédito, principalmente crédito habitação, muito devido ao seu elevado risco de incumprimento, era de prever que isto acontecesse.
    Assim, enquanto o crédito habitação é cada vez menor, a banca opta por explorar mais os créditos ao consumo. Este tipo de crédito traz uma maior margem de manobra à banca visto ser de curto prazo e ser de montantes mais baixos. Por outro lado a margem de lucro é maior. Para além disso é extremamente importante que a banca reduza a sua dependência dos créditos de longo prazo.

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  9. Nos últimos anos, devido a grave crise económica que estamos a ultrapassar, os bancos deixaram de conceder crédito habitação, isto porque é um crédito a longo prazo e ao qual muitas famílias portugueses não estão a conseguir fazer face. Os impostos subiram e os ordenados não, o desemprego aumentou significativamente e muitas destas famílias deixaram de pagar as suas casas. Os bancos têm agora muito crédito vencido e muito dele é crédito habitação e o sector imobiliário também não está no momento, num período de grande expansão. Com isto e como parte do lucro dos bancos está nos créditos, por sua vez o crédito ao consumo aumentou, pois os montante são mais reduzidos e os prazos muito menores. Sendo que ainda o lucro que estes obtêm é muito maior pois a taxas praticadas são mais elevadas do que, por exemplo as taxas praticadas nos créditos habitação.
    Os bancos no momento também precisam de reduzir os créditos a longo prazo, para não terem tanto risco de incumprimento.
    Soraia Magalhães

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